sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Não para...


E não,
não há nenhum remédio
pra curar

essa dor
que nunca vai parar


E não,
não há nenhum relógio
pra fazer voltar

O TEMPO não pára… não para.

(mix - trechos, música Nando Reis/Cazuza)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Blá.. blá... blá...




Tarde de domingo,  lá fora o céu anunciava um grande temporal. Pouca coisa para se fazer. Na sala de TV, entretanto,  um vendaval já havia passado. Brinquedos e jogos espalhados pelo chão e por todos os cantos…De imediato comecei a arrumar e a explicar ao meu filho e ao seu amigo, para guardarem um brinquedo antes de pegarem outro…  coisas de mãe. Depois fui para cozinha fazer um lanche para os dois. Foi quando escutei: “Minha mãe fala pelos cotovelos… Pelos dois, ao mesmo tempo, se você deixar . Mas a ciência ainda não comprovou que matraca sem freio é hereditário..”

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Metade...

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
(...)
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso
mas a outra metade é um vulcão.
(...)
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
(...)
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
(Oswaldo Montenegro)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sem medo...

Ela sempre me seguia com o olhar, abertamente, acintosamente, parecendo adivinhar meus pensamentos, minhas ansiedades. à espreita de… à espera de… Com o dom de descortinar almas errantes e puras, me fazendo sentir uma nudez que expõe, cora e humilha. Evitá-la era minha rotina. Existia medo, preconceito, desconhecimento, covardia…. Mas….Aconteceu…. em uma tarde suave de outono, entre uma página e outra de um livro , ergo o olhar, lá está… sentada a mesa bebendo do meu copo, da minha bebida. Como chegou? Não sei, mas parecia se sentir em casa, assim como quem mora anos e conhece as birras, as manhas, os segredos das portas emperradas, como quem conhece o som do motor da geladeira e do coração de quem a pertence. No começo quis expulsá-la, bater-lhe a porta, gritar, brigar… de nada adiantava, ela permanecia. Depois reinou o silêncio, assim ficamos por longos dias. Com o tempo passamos a algumas palavras, depois frases e sem que notássemos já conversávamos francamente, sem dissimulações e até simpatia. Assim ficou… Ensinou que a vida muda, que precisamos gostar de nós mesmos, nos conhecer… e que há um tempo para tudo. Hoje ela vive comigo, na minha casa, brincamos e brigamos como deve ser, já não tenho medo. A Solidão só assusta quando chega, depois é uma boa companhia. Sei que um dia vai me deixar, estarei pronta e melhor, mais madura. E esta solidão, agora amiga, estará sempre me lembrando de nossos dias juntos. Posso viver com ela ou sem, já não temo mais.
Fênix e sua mais nova amiga: a solidão.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Foi...

E assim, sem avisar A esperança se foi… E o mar batendo na rocha É um vulcão que arrebenta minha alma Nesta fria e descolorida manhã.
Fênix, a sem cor...