terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dia cinza...

Acordei cedo.. olhei pela janela. Deserto, nuvens negras e…
Não, não podia ficar assim… Corri para buscar tintas e pinceis… o dia estava muito cinza, quase negro, triste... precisava pintá-lo ,rapidamente, urgentemente antes que alguém acordasse…
Fênix, a desiludida do tempo...e da justiça

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sonho...

De repente, num impulso, você me enlaça. Seus lábios tomam os meus, devoram meu pescoço, sugam meu peito, enquanto suas mãos, avidamente, percorrem meu corpo ao mesmo tempo em que expõe toda minha nudez, deixando ao chão qualquer barreira entre nossos corpos. Seu olhar brilha, seu corpo transpira desejo, sua respiração é desconexa. Meus pensamentos são seus, só seus. Sinto-me flutuar. Meus lábios, agora, apoderam-se do seu corpo, quero sentir todo seu sabor. Sentir o perfume do seu corpo, sedutor, único... Impetuosamente você me domina, me possui. Enfeitiça, e me faz despertar para o prazer… Cavalgo você em delírio…enlouqueço… E só então descubro que é apenas um sonho, um lindo sonho. Acordo feliz, já não sou mais a mesma. Você fez dos meu sonhos algo maravilhoso … Espero ansiosa a noite, quero estar novamente em seus braços. Fênix, a que arde em brasa

domingo, 29 de janeiro de 2012

Desejo...

Lá fora o mundo silencia… em minha mente giram palavras, frases desconexas. Quero entender, buscar as entrelinhas de tudo que você deixa escapar em palavras soltas. A cidade dorme, balanço a cabeça querendo colocar ordem ou apenas um índice, sem coragem de afastar o olhar do horizonte, como se a cascata de água ao cair refletisse os pensamentos que me queimam por dentro. Fecho os olhos e sinto a brisa serena, doce, uma esperança… e imagino que você se afasta esperando ser buscado, o que não significa que haverá alguém para fazer, mas eu faria. E é esta brisa esbofeteando meu rosto que não me deixa encerrar este monólogo surdo. Claro, não é romance, pelo menos normal, nunca será. Existem obstáculos, distâncias intransponíveis. Muito menos será “o eterno enquanto dure”. Será, quem sabe, um grito em silêncio. E sem entender, escrevo. Rasgo e me rasgo. A loucura maior é que nada disso impede que eu sinta um desejo absurdo por você. Penso em sonhos, milagres e delírios. Depois… depois tudo passa, te esqueço, como já esqueci tantas vezes e então te adoro novamente, eternamente. Aguardo o destino…enquanto o ponto final teima em não querer ser a certeza do fim, e sim o começo de (tudo) algo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Doois pontos...?

Sabe aquele dia que você começa a escrever muito melhor do que sabe ou imagina… a inspiração parece estar ao lado soprando tudo… pois é… esse não é o meu dia. A história até começou animada, as palavras brotavam… jorravam… mas começaram a atropelar umas as outras… e aí se deu a confusão. Embaralhou tudo e então, subitamente, apareceu na história, assim, sem programa nem controle, dois pontos (:) .. e agora? Que lado seguir? Ainda se fosse uma vírgula ou até um ponto e virgula… mas dois pontos? É… acabou por ficar a interrogação.
Fênis, a perdida em doois pontos...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ensina-me...

Podemos combinar assim... Você me ensina suas palavras maravilhosas, com frases doces e gentis, apresenta seu mundo maravilhoso… cheios de mares, sol, montanhas e neves. E eu te ensino o amor, um que seja livre de preceitos, normas e amarras… tente alcançar , respire fundo e sinta. E, então, quando finalmente compreender o que estou dizendo, compartilhe… Entregue este lindo sentimento para alguem mais simples e de sorriso fácil, que às vezes se sente só no meio de tantos outros, como eu, neste momento. Pois existe um desengano, dentro de mim, que só quer um colo para se desfazer , E o antídoto para tudo isso, meu grande amigo? Um abraço, um beijo… um coração, uma linda paisagem do mar.. uma praça com sua torre inclinada.. e o que mais o destino puder juntar. Fênis, a ensinadeira, sonhalusente.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Fora dos trilhos...

Não sou de falar de mim, mas…. Sabe de uma coisa? Não, claro que você não sabe. Ando tão sensível…. Precisando, assim, de uma palavra amiga, de um gesto carinhoso, qualquer coisa.. Boba, né? É…. Que coisa louca essa: a solidão é amarga. Mas, sabe, às vezes a gente precisa de alguma coisa ou alguem que nos coloque no eixo. Ando meio fora dos trilhos, sei que você me entende. Andei pensando na vida… é, sei, também, que não devia… isso dá calafrios… espero que não venha um trem em sentido contrário, mas tudo bem, estou fora dos trilhos.. ou não… Acho que viajei…. Fênis, a viajadora...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Obsessão...

Queria ser livre, solta… mas havia sempre a sombra dele por perto, sombra… havia aquela sombra… E por isso Não se permitia nada… estava presa as sombras... Fênix: a apavorada por sombras.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Vem...

Assim como um anjo…Retirou-se suavemente, delicadamente, como havia surgido. Levou todas as manhãs, as tardes e noites estreladas, deixou apenas escuridão. Agora, nesta alma vazia aparecem sombras, não as conheço, não sei que outras virão, nem de onde virão.Lágrimas não me deixam enxergar. Desenho corpos entrelaçados, sorrisos, histórias de um passado de nuvens, que vão se desfazendo com o vento. Agarro-as, mas desmancham em minhas mãos, escapam. Desfalecem em minha visão. E meu ser se desfaz juntamente. Tudo a minha volta torna-se desértico. Estou vazia, toda minha essencia, minha vida entreguei a este anjo. Aguardo ansiosa sua promessa de volta. A noite chega carinhosamente, lentamente, e eu espero a estrela que me buscará. Visto meu rubro vestido, salpicado de desejo, que ele adora…cubro-me com seu perfume de ilusão preferido. Calço meus sapatos de esperança. Sôfrega, prendo, as mãos, todas nossas recordações para proteger. Somos almas gêmeas, iguais. Por isso, hoje, quando voce vier. Leve-me onde quer que vá. Não me abandone, não desista de mim. Não me perca agora, não desista de mim. A noite vai chegar… Vem… cumpra sua promessa. Vem me buscar. Fênix, uma alma a espera.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Tredice

Há muito mais mistéiros e fantasias em nossos pensamentos do que admite vossa vã hipocrisia.
Fênix, a que possui mil leais pensamentos e máscaras. E assume.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Báratro

Insone, Tinha temor, terror, as suas lembranças E, às vezes, dependendo da memória mais recente, Surgia o pânico… a pusilanimidade. Fênix a solitáriainsone. Face a face com Woland (Воланд).

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um dia... breve...

Descia lentamente o crepúsculo, trazendo aroma de delicadas flores, enquanto sombras cobalto brincavam na grama, enredando-se nas plantas do meu jardim. Como todos os dias, lá estava eu, deitada ao lado da nossa oliveira, assistindo a este lindo espetáculo e aguardando, ansiosa, o despontar da minha estrela. E ela apareceu, cumprindo uma eterna promessa... e piscava, piscava, delicadamente como um suave e doce beijo. Enquanto contávamos nossos segredos, outras estrelas foram surgindo, uma… e mais outra… logo a noite estava salpicada de brilhosos pontos de luz. Meu coração batia no ritmo do piscar da minha estrela. E assim ficamos, coração, alma, pensamentos, lembranças… saudades. Sim… todos os dias… pois esta minha linda estrela me transborda de luz e encantamento e é deste encanto que me alimento. E só, somente, assim consigo sobreviver, enquanto aguardo, euforica, o dia que estaremos juntas novamente. Fênix, a que sonha ser estrela breve...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

†яลиรƒ๏ямลя, мµ∂ลя, √เяลя....ɯndɐɹ, viɹɐɹ

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. (Fernando Pessoa) Transformar… deixar de ser uma verde folha… amadurecer… e ser levada pelo vento. Fênix , a que o vento levou…

domingo, 8 de janeiro de 2012

DØЯ

Veio como um vendaval, entrou pela casa adentro, revirando móveis de pensamentos, levantando poeiras de tristezas, dilacerando e apoderando-se de minha alma. Uma dor que rasgou meu peito e fixou residencia. Sim, disse que não partiria e jogou todas as esperanças para fora, como lixo. Tudo é escuridão, tendo acender uma luz. Aceno para o vazio, nada. Sinto frio, não existe o abraço, sinto-me fraca. Tateio em vão e percebo algo quente, líquido. Meu coração que não consegue parar de sangrar. Quero o fim, rápido.
Fênis, a perdida.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Eu já, e você?

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela.Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.Já passei trote por telefone.Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.Já roubei beijo.Já confundi sentimentos.Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro,Já me cortei fazendo a barba apressado, Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer.Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em arvore pra roubar fruta, já caí da escada.Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola,Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiqueisozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei napiscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meuslábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, jároubei rosas num enorme jardim.Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um"para sempre" pela metade.Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já choreipor ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida émesmo um ir e vir sem razão.Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes daemoção, guardados num baú, chamado coração.
Águia... a que queria ter escrito tudo isso... e nem sabe quem escreveu...

Hoje...

Sinto-me assim...
Águia, a pendurada