quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Significado



Em êxtase... eu o contemplava. Meus olhos ainda grudados aos seus, colados, guiados... Ouvia sua voz longe, longe, ainda percorrendo o caminho encantado de suas palavras, pontos, virgulas... Sua poesia, seu poema, se funde com seu ser, seu corpo é conto, é magia. Seus lábios... a grande cartola de onde saem coelhos cantores, esquilos falantes, lenços que enxugam almas e curam feridas de dor e de amor... tudo é mágico.
  • Então, gostou?
  • Hãmm? - Como poderia responder? Ainda estava enfeitiçada....
  • Queria saber se gostou do poema... se...
  • Ainda estou mergulhando, afundei... preciso de ar... quero descobrir suas palavras, decifrar..
Nesta hora, delicadamente, ele buscou meu rosto, levantou suavemente meu queixo, apontou para o céu:
  • Está vendo aquelas nuvens? No que acha que se parecem?
  • Como? O que parecem? Ah... mil coisas... vejo corações, rostos, bules, coelhos... e... mas seu poema...é..é...
  • Exato. Assim como você, também vejo mil formas... Lembre-se: No poema
 e nas nuvens, 
cada qual descobre 
o que deseja ver. É o que torna tudo lindo... por ser simples.

Um comentário:

  1. Olá, Johanna; Boa tarde!

    Obrigado pela visita e palavras amáveis lá deixadas - apesar do tom pouco animador do tema que lá encontrou ...

    Bonito texto, este.Há poetas e poemas que têm o condão de encantar; e muito mais quando os primeiros agradam a quem ouve...

    Bom fim de semana; um abraço.
    Vitor

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