Quando tudo se tornou cinza, com uma bruma escondendo as cores, saltando as dores, eu não queria escutar nada… Ele se foi, aguardou meu chamado, ele sabia que voltaria…
E encontrou o caminho de volta. Trouxe quentura pr'esse meu coração, ainda doente… que anda se ar-ras-tan-do… preso#, precisando de umas prosa… e ele fala… Nó…como fala. Tem um lindo coração, sim, é dos grandes, daqueles que só enxergam coisas bonitas. Tem todas as cor dentodele, pois passou a cultivar hortênsias, orquídeas… tulipas… Adora o céu, porque borda azul. Carrega junto ao lado esquerdo do peito um tercim bento, uma medalhinha de S. Antonio, porque carrega fé, acredita… acredita…
E, toda manhã, chacoalha-se para as palavras bonitas saírem voando e p'ras imagens ruins sartarem fora. Traz contigo, sempre, um alforje cheio de novidades, alegrias…. e muitas sementes de tulipas e girassóis que joga ao vento. Nunca esquece as tintas, para pintar a vida… Meu Martinho, sei que jamais me abandonou… ficou ali, me observando, aguardando a sua hora…
Chegou no momento certo… ele sempre chega, pois é amigo íntimo do relógio e do tempo…
Chegou trazendo notícias do País dos Sonhos. Disse que era pr'eu não parar de remar, porque quem para no meio do caminho não chega lá, não. E me disse mais. Disse que, se a gente acredita com força, o mundo passa a ser nosso. E tudo conspira a favor, escutou do Paulo, aquele do Coelho. Então fecho os olhos e acredito mais uma vez. Que tudo vai ser mais bonito. Que tudo vai ser pra sempre. Que nada vai se perder. E que as chuvas nos nossos quintais, daqui pra frente, serão de felicidade, não de dor. Deusconserveamém.
Fiquei feliz com a volta do Martinho, meu esquilo falante que ganhei de presente das mãos encantadas do meu doce amor… ele fala, como fala… e veio para ficar.
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